A prática da cama compartilhada, onde pais e filhos dormem juntos na mesma cama, é um tema frequentemente discutido entre especialistas em sono infantil, pais e cuidadores. Vou te contar dos prós e contras e te dar uma sugestão, assim você pode tomar a melhor decisão para a sua família:
Prós da Cama Compartilhada
- Facilita a Amamentação Noturna
- A cama compartilhada facilita a amamentação noturna, permitindo que a mãe atenda rapidamente às necessidades do bebê sem precisar se levantar.
- Fortalece o Vínculo Familiar
- Dormir juntos pode fortalecer o vínculo emocional entre pais e filhos, proporcionando uma sensação de segurança e conforto tanto para a criança quanto para os pais.
- Melhora o Sono da Criança
- Algumas crianças dormem melhor e por mais tempo quando estão próximas dos pais, resultando em noites mais tranquilas para toda a família.
- Reduz o Choro Noturno
- A proximidade dos pais pode reduzir o choro e a ansiedade noturna do bebê, já que ele se sente mais seguro e confortado.
- Praticidade
- Para famílias que vivem em espaços menores, a cama compartilhada pode ser uma solução prática, economizando espaço e facilitando o cuidado noturno.
Contras da Cama Compartilhada
- Risco de Acidentes
- Existe o risco de sufocamento acidental, queda da cama e outros acidentes se as precauções de segurança não forem adequadas, especialmente para bebês menores de 6 meses.
- Impacto no Sono dos Pais
- Os pais podem ter um sono de qualidade inferior devido aos movimentos e sons do bebê durante a noite, o que pode levar à fadiga e ao cansaço diurno.
- Dificuldade na Transição para Dormir Sozinho
- Pode ser difícil para a criança fazer a transição para dormir sozinha mais tarde, gerando desafios à medida que ela cresce e busca mais independência.
- Afeta a Privacidade e Intimidade do Casal
- A cama compartilhada pode afetar a privacidade e a intimidade do casal, impactando negativamente a relação conjugal.
- Pressões Sociais e Julgamentos
- Há pressão social e julgamentos por parte de familiares e amigos que podem não concordar com a prática, gerando estresse e desconforto para os pais.
O que é melhor fazer?
Ao decidir sobre a cama compartilhada, é fundamental considerar os benefícios e riscos, bem como as necessidades individuais de sua família. Algumas medidas de segurança incluem:
- Usar um colchão firme.
- Evitar travesseiros e cobertores pesados.
- Garantir que o bebê não possa cair da cama.
- Nunca compartilhar a cama se um dos pais estiver sob o efeito de álcool, drogas ou medicamentos que causam sonolência.
A Academia Americana de Pediatria (AAP) não recomenda o compartilhamento de cama. Em estudos realizados foi demonstrado um aumento no risco de morte súbita do lactente, lesão não intencional ou morte. Segundo a AAP, em algumas circunstâncias os riscos são ainda maiores: compartilhar com recém-nascido; compartilhar com outras pessoas que não os pais ou mesmo outras crianças; compartilhamento em superfícies moles como sofá ou colchão d’água.
Cada família é única, e a decisão de compartilhar a cama deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa das necessidades e circunstâncias de todos os envolvidos.
Pela minha experiência e pelos estudos publicados, o mais seguro é compartilhar o quarto, mas não a cama. No caso dos recém-nascidos o co-sleep, que são aqueles bercinhos acoplados a cama, pode ser uma boa opção.
Consultar um pediatra ou um especialista em sono infantil pode ajudar a tomar uma decisão informada e segura.
Você está com dificuldades no sono do seu bebê? Eu sou a Daniela, sou especialista em sono infantil. Entre em contato que eu posso te ajudar. Tenho atendimentos pontuais e pacotes de consultoria.
Me mande uma mensagem, vamos conversar e ver como melhorar as noites na sua casa.